sábado, 31 de janeiro de 2009

Copo

Na continuação do post anterior, e ainda no Chez Touré, aconteceu outro episódio engraçado que passo a contar.
Quando lá chegamos, não estava cheio. Tinha algumas pessoas, mas tinha sobretudo espaço. No entanto, a esplanada (todo o restaurante é uma esplanada) foi aos poucos enchendo, e quando já estavamos a terminar, tinha-se invertido a tendência.
Não sei se os proprietários foram surpreendidos com a afluência; pelo que me disseram, não. Mas começou a faltar material para tantos clientes. E foi então que, delicadamente e vendo que eu já tinha acabado a minha bebida, uma das empregadas me veio pedir se poderia levar o meu copo, porque precisavam dele noutra mesa. E levou, sendo que 15 segundos depois estava novamente colocado. Não perguntem como foi lavado...

Maguya

Hoje, caiu-me um lagarto em cima. O episódio não tem nada de extraordinário, mas achei que merecia presença neste espaço de coisas simples.
Para almoçar, fui com um amigo ao Chez Touré, cuja especialidade é coelho. O dia estava muito agradável para um almoço fora, porque apesar do calor e humidade habituais, corria um vento retemperador.
Já para o final do almoço, numa rajada de vento um pouco mais forte, senti uma coisa a cair-me sobre o ombro. Foi um maguya macho, com uns 25 centímetros, que não se conseguiu segurar ao ramo da árvore e precipitou-se em queda livre sobre mim. O meu amigo deu um salto para trás na cadeira e ficou com um olhar de absoluta surpresa... não sei se por ver o lagarto aparecer do céu, se por ver a minha falta de reacção. Por seu lado, o bicho ficou ali parado uns segundos a olhar para mim, quem sabe a pedir desculpa. Mas ao ver que eu não tinha levado a mal, desapareceu a correr, que com aquele percalço já devia ir atrasado.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Akwaba

Após mais de um mês de ausência, eis-me de volta ao blog, agora já em Abidjan. O que só confirma algo que há já algum tempo sabia: em Portugal, não consigo manter este tipo de actividades.
Apesar de apenas ter chegado ontem à noite, já tenho mais algumas histórias para contar, mas hoje não me sinto suficientemente organizado mentalmente para as (d)escrever de forma perceptível. Desculpar-me-ão, portanto, um pequeno adiamento.
Confesso que já sentia alguma falta deste espaço. Ainda que a saudade não tivesse sido suficiente para me levar a escrever enquanto estive em Portugal, não pude deixar de sentir um pequeno vazio, que agora se preenche. É como se o blog me dissesse akwaba!