A maioria das viaturas que circulam aqui são importadas, sobretudo da Europa, e chegam nos mais diversos estados de conservação.
No entanto, apesar de toda essa heterogeneidade, existe um nome que é dado informalmente ao conjunto dessas viaturas, tal como a certa altura tivemos os "K's" em Portugal: aqui chamam-se "France, au revoir". Adeus, França.
domingo, 13 de junho de 2010
quinta-feira, 10 de junho de 2010
Ventoinha
Ao chegar a casa à noite, vi como funciona a "lavandaria" dos seguranças do prédio.
A roupa lavam-na na zona de lavagem dos carros, recorrendo a um balde e, penso eu, sabão. Depois é preciso secar a roupa, e apesar de estar sempre calor, é sempre bom acelerar o processo.
Como? Logo ao lado da lavagem de carros, encontra-se uma ventoinha de exaustão do prédio. Não sei se dos respiros, ou da climatização central, mas em todo o caso uma ventoinha. E eis que penduram a roupa e o calçado acabado de lavar na grelha da ventoinha. Impecável.
A roupa lavam-na na zona de lavagem dos carros, recorrendo a um balde e, penso eu, sabão. Depois é preciso secar a roupa, e apesar de estar sempre calor, é sempre bom acelerar o processo.
Como? Logo ao lado da lavagem de carros, encontra-se uma ventoinha de exaustão do prédio. Não sei se dos respiros, ou da climatização central, mas em todo o caso uma ventoinha. E eis que penduram a roupa e o calçado acabado de lavar na grelha da ventoinha. Impecável.
terça-feira, 8 de junho de 2010
Conduzir
Hoje conduzi! Não parece nada de especial, mas é a primeira vez que o faço em Abidjan. E soube muito bem.
Conduzir é uma das coisas que me dá muito prazer, e das quais tinha saudades. Entrar no carro, por a nossa música a tocar, e simplesmente conduzir. Não é uma questão de velocidade, embora por vezes seja bom, nem de qualquer acrobacia. Conduzir, apenas.
E soube tão bem que nem me importei com os engarrafamentos, apesar de ser uma experiência marcante conduzir naquilo que para nós, habituados à ordem do tráfico em Portugal, poderia ser classificado como caos. Acreditem, se conseguirem.
Conduzir é uma das coisas que me dá muito prazer, e das quais tinha saudades. Entrar no carro, por a nossa música a tocar, e simplesmente conduzir. Não é uma questão de velocidade, embora por vezes seja bom, nem de qualquer acrobacia. Conduzir, apenas.
E soube tão bem que nem me importei com os engarrafamentos, apesar de ser uma experiência marcante conduzir naquilo que para nós, habituados à ordem do tráfico em Portugal, poderia ser classificado como caos. Acreditem, se conseguirem.
sexta-feira, 4 de junho de 2010
Golpe clássico II
Outro golpe clássico com que a polícia tenta "assustar" os estrangeiros prende-se com o titre de séjour (TdS), o documento que comprova que a pessoa vive e está legal na Costa do Marfim.
Esse TdS é feito por um departamento da polícia mediante a apresentação de alguns documentos, como uma factura da água ou luz e, claro, o passaporte, cujo número fica registado no próprio documento.
Ora, o TdS é válido por si só, não sendo portanto obrigatório andar com o passaporte. Mas, e é este o golpe clássico, frequentemente a polícia diz que sim, porque tem de verificar se de facto os números correspondem.
Normalmente, o assunto esclarece-se sem grandes demoras nem outras consequências. Mais uma vez, não se pode dizer que não tentaram.
Esse TdS é feito por um departamento da polícia mediante a apresentação de alguns documentos, como uma factura da água ou luz e, claro, o passaporte, cujo número fica registado no próprio documento.
Ora, o TdS é válido por si só, não sendo portanto obrigatório andar com o passaporte. Mas, e é este o golpe clássico, frequentemente a polícia diz que sim, porque tem de verificar se de facto os números correspondem.
Normalmente, o assunto esclarece-se sem grandes demoras nem outras consequências. Mais uma vez, não se pode dizer que não tentaram.
quarta-feira, 2 de junho de 2010
Questão de fé
Confesso que hoje ia escrever sobre um outro golpe clássico da polícia nas operações stop, no seguimento da crónica anterior. Mas tenho de deixar para uma próxima, talvez amanhã.
Isto porque ao final da tarde, ao voltar para casa, ouvi na rádio a notícia de que 130 costa marfinenses, quaso todos padres, estavam retidos em Fátima, Portugal.
O que teria acontecido? Problemas com documentos? Problemas de saúde? Algum protesto? Não, falta de dinheiro para continuarem a viagem! Não pude deixar de me rir.
Como explicou um porta-voz do grupo, o plano era ir a Fátima, de seguida Santiago de Compostela, e finalmente Vaticano, onde pretendiam encontrar o Papa antes de voltarem para a Costa do Marfim.
O valor estimado dessa viagem, por pessoa, era um pouco superior a 3.000€. Encontrado cerca de 1/4 do necessário, partiram, contando que o estado costa marfinense haveria de suportar o resto! Deve ser uma questão de fé...
Isto porque ao final da tarde, ao voltar para casa, ouvi na rádio a notícia de que 130 costa marfinenses, quaso todos padres, estavam retidos em Fátima, Portugal.
O que teria acontecido? Problemas com documentos? Problemas de saúde? Algum protesto? Não, falta de dinheiro para continuarem a viagem! Não pude deixar de me rir.
Como explicou um porta-voz do grupo, o plano era ir a Fátima, de seguida Santiago de Compostela, e finalmente Vaticano, onde pretendiam encontrar o Papa antes de voltarem para a Costa do Marfim.
O valor estimado dessa viagem, por pessoa, era um pouco superior a 3.000€. Encontrado cerca de 1/4 do necessário, partiram, contando que o estado costa marfinense haveria de suportar o resto! Deve ser uma questão de fé...
terça-feira, 1 de junho de 2010
Golpe clássico I
Após ver o jogo amigável entre Portugal e Camarões em casa dum amigo, ele deu-me uma boleia até ao meu prédio.
Pelo caminho, quase inevitável a partir das 20h, fomos parados pela polícia. O agente, muito correctamente, informa que é um controlo de rotina e pede os documentos do carro.
Verificados estes, pede então a carta de condução, e de seguida um dos golpes clássicos: "há quanto tempo está na Costa do Marfim?", "há um ano", responde o meu amigo; "ahh, mas então esta carta não serve, só dá para 3 meses; "está enganado, essa é a carta de condução internacional"; "ok, pode seguir".
Basicamente, quando se chega aqui pode-se conduzir com a carta do país de origem durante 3 meses. Após esse período, é obrigatória a carta de condução internacional, que o meu amigo tem. Ainda assim, pode dizer que tentou.
Pelo caminho, quase inevitável a partir das 20h, fomos parados pela polícia. O agente, muito correctamente, informa que é um controlo de rotina e pede os documentos do carro.
Verificados estes, pede então a carta de condução, e de seguida um dos golpes clássicos: "há quanto tempo está na Costa do Marfim?", "há um ano", responde o meu amigo; "ahh, mas então esta carta não serve, só dá para 3 meses; "está enganado, essa é a carta de condução internacional"; "ok, pode seguir".
Basicamente, quando se chega aqui pode-se conduzir com a carta do país de origem durante 3 meses. Após esse período, é obrigatória a carta de condução internacional, que o meu amigo tem. Ainda assim, pode dizer que tentou.
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