Na passada sexta-feira foi o festa muçulmana do tabaski. Os muçulmanos que tenham possibilidades compram um carneiro para partilhar com família, amigos e vizinhos. Os que não tenham, compram outras carnes e fazem o mesmo.
Assim, no início da semana passada, o sr. Missiri (guarda do escritório) veio pedir-me emprestado dinheiro para poder preparar o festa, coisa que eu fiz.
Pois hoje, no momento em que lhe entreguei o envelope com o salário de Novembro, ele abriu-o diante de mim e eu pensei que ele ia contar o dinheiro (coisa que nunca faz, apesar de eu lhe dizer que é sempre melhor desconfiar). O que ele fez foi pegar no dinheiro que me devia e entregou-mo.
É verdade que a dívida existia. Mas também é verdade que ele podia esperar que lhe pedisse, como decerto muitos fariam. Além do mais, a dita dívida representava uma parte substancial do seu salários, mas ele nem hesitou.
Confesso que fiquei sensibilizado com um gesto tão genuíno, e a pensar que a integridade não tem idade, nem nacionalidade, nem se ensina na escola.
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
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