Ao contrário do habitual, hoje não resisto a aflorar ligeiramente o trabalho.
Pois uma das pessoas que trabalha para a minha empresa escreveu-me uma carta. São cartas que eu já conheço, que começam todas da mesma forma, e terminam invariavelmente com um qualquer pedido, quase sempre de dinheiro.
O de hoje era um aumento, do qual não discuto a oportunidade ou justiça. Mas, numa nota de preocupação, o rapaz pede-me imensas desculpas no caso de este seu pedido me ferir o coração... e logo de seguida justifca-se com um singelo "situation oblige". Delicioso.
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
Cortes de electricidade
Apagada: é assim Abidjan de há umas noites para cá.
Uma das principais centrais eléctricas que abastece a cidade há já muito tempo precisava de uma intervenção profunda, porque não estava desenhada para as necessidades actuais.
Isto conduzia frequentemente a cortes no abastecimento de electricidade, que se faziam sentir em algumas zonas mais periféricas da cidade.
Mas agora que decidiram intervir na central, os cortes são diários, duram horas e atingem todas as zonas. No Plateau sente-se menos porque uma boa parte dos edifícios está equipada com geradores, e é isso que me permite estar na internet.
Senão, da janela, tudo bem mais escuro do que habitualmente, e segundo anunciaram, a intervenção vai durar meses.
Uma das principais centrais eléctricas que abastece a cidade há já muito tempo precisava de uma intervenção profunda, porque não estava desenhada para as necessidades actuais.
Isto conduzia frequentemente a cortes no abastecimento de electricidade, que se faziam sentir em algumas zonas mais periféricas da cidade.
Mas agora que decidiram intervir na central, os cortes são diários, duram horas e atingem todas as zonas. No Plateau sente-se menos porque uma boa parte dos edifícios está equipada com geradores, e é isso que me permite estar na internet.
Senão, da janela, tudo bem mais escuro do que habitualmente, e segundo anunciaram, a intervenção vai durar meses.
terça-feira, 16 de fevereiro de 2010
Qual papel?
A minha recente viagem por África Central acrescentou algumas unidades à carteira dos episódios "blogáveis".
Hoje gostaria de partilhar um que me faz pensar na (semi)célebre rábula do "Papel. Qual papel?" dos Gato Fedorento.
Uma noite fui jantar a um dos maiores e mais conhecidos maquis de Brazzaville. Como habitualmente nestes locais, os talheres vinham embrulhados no papel do guardanapo. E é aqui que entra o "Papel. Qual papel?", já que para grande espanto meu e de quem estava comigo, era papel higiénico.
A pergunta marota que passa neste momento pela cabeça de alguns que me lêem é se estava limpo, à qual a resposta óbvia é que sim. Mas não deixou de ser uma surpresa, e ainda por cima era folha simples.
Hoje gostaria de partilhar um que me faz pensar na (semi)célebre rábula do "Papel. Qual papel?" dos Gato Fedorento.
Uma noite fui jantar a um dos maiores e mais conhecidos maquis de Brazzaville. Como habitualmente nestes locais, os talheres vinham embrulhados no papel do guardanapo. E é aqui que entra o "Papel. Qual papel?", já que para grande espanto meu e de quem estava comigo, era papel higiénico.
A pergunta marota que passa neste momento pela cabeça de alguns que me lêem é se estava limpo, à qual a resposta óbvia é que sim. Mas não deixou de ser uma surpresa, e ainda por cima era folha simples.
segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010
Regresso ao "normal"
De volta a Abidjan após duas semanas de viagem por África Central, Camarões, Gabão e Congo Brazzaville.
Em cinco voos apanhados, cinco atrasos significativos. Não que seja algo de inesperado, mas como não existe padrão, torna complicado fazer planos, marcar encontros, respeitar horários.
Além do mais, a certeza que naquela zona se come pior, e mais caro, do que em Abidjan. E os hotéis são de pior qualidade, sobretudo no Congo e exceptuando Yaoundé, Camarões.
No regresso, uma cidade calma, apesar da dissolução do governo e da comissão eleitoral independente na passada sexta-feira. Eu ia dizer tudo normal, mas fiquei a pensar como o "normal" se torna tão relativo...
Em cinco voos apanhados, cinco atrasos significativos. Não que seja algo de inesperado, mas como não existe padrão, torna complicado fazer planos, marcar encontros, respeitar horários.
Além do mais, a certeza que naquela zona se come pior, e mais caro, do que em Abidjan. E os hotéis são de pior qualidade, sobretudo no Congo e exceptuando Yaoundé, Camarões.
No regresso, uma cidade calma, apesar da dissolução do governo e da comissão eleitoral independente na passada sexta-feira. Eu ia dizer tudo normal, mas fiquei a pensar como o "normal" se torna tão relativo...
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