domingo, 14 de dezembro de 2008

Adaptação

Julgo que há dois elementos muito importantes para uma condução sem percalços aqui. Uma é usar o carro para criar (e criar é a palavra) espaços. Vai-se fazendo "encosto de ombro" sem encostar realmente, empurra-se, força-se, espera-se que o condutor do carro ao lado seja menos teimoso que nós e está feito. A outra coisa é fazer tudo isto lentamente.
Como é evidente, um ritmo baixo tem algumas vantagens, entre elas o permitir uma adaptação de quem se encontra em redor. Quando as coisas são feitas bruscamente, é talvez uma questão de sorte não haver um acidente. Ao serem feitas muito devagar, torna-se uma questão de personalidade: "eu tenho menos medo de esmurrar o carro e sou mais insistente que tu!".

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