Abidjan tem cerca de 4 milhões de habitantes, muitos deles sem meio de transporte próprio. Assim, as deslocações são asseguradas por uma variedade de veículos. Existem os autocarros públicos, da Sotra (aparentada à STCP, mas sem autocarros a hidrogénio). Depois existem os táxis, os woro-woro e os gbaka-gbaka.
Os táxis funcionam no sistema de taxímetro, em que se paga o tempo da corrida. Aqui são vermelhos (mais ou menos desbotado, consoante o quão curtida estiver a chapa). Os woro-woro são, tal como os táxis, carros de 5 lugares (reparem que não disse 5 passageiros), e que podem ser verdes ou amarelos, consoante a zona. Fazem determinados percursos e têm uma tarifa única. Presumo que será uma versão menos sofisticada dos Zs do Metro do Porto. Finalmente, os gbaka-gbaka. Estes são carrinhas tipo Toyota Hyace, com uma indicação atrás: 18 lugares!! E é nestas carrinhas que as pessoas andam, ora dentro, ora em cima do tejadilho, ora agarradas às portas laterais ou traseiras. Ao capot ainda não vi.
Entre todos os referidos veículos existem três pontos em comum. Primeiro a idade, que é muita. Depois o estado, que é muito mau. E finalmente a lotação, que é em excesso. Apesar disso, e espantosamente, é raro ver-se um acidente. Deve ser por não existirem marcações na estrada, assim há mais espaço...
quinta-feira, 24 de julho de 2008
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2 comentários:
Se fosse possível só faltava juntar a isso tudo o sr. Albertino e a Ritinha...
Como é possível que num país com apenas 10 milhões de habitantes, todos os dias morram pessoas,em auto-estradas com três ou mais vias, com regras bem definidas, e sinalização adequada, enquanto nessa cidade de 4 milhões de habitantes, onde, ao que parece não existem leis nem regras, e cada um gere o seu espaço desenrascando-se o melhor que pode,e ao que parece,nada mal, uma vez que os acidentes não parecem estar no topo das estatísticas.
Será mesmo uma questão de espaço?
Beijinhos, e faz-me o favor de sair ileso do meio desse pandemónio.
tia Cila
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