quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Entrevista falhada

Um facto inédito nesta campanha para as eleições na Costa do Marfim é a apresentação da candidatura duma mulher. Ex-ministra da Justiça nos anos '90, tendo depois saído do partido que na altura representava, reaparece agora como candidata à presidência da república.
No início desta semana, o Fraternité Matin dedicou-lhe duas páginas inteiras, onde publicou uma entrevista. E confesso que esperava muito mais de alguém já com alguma experiência política.
Na verdade, a entrevista foi mais direccionada para a igualdade de direitos entre sexos (e mesmo aqui, sem grande profundidade), do que para a sua candidatura. É certo que as perguntas não ajudaram, mas a candidata deveria ter tido a capacidade de as contornar e apresentar ainda assim algumas das suas ideias.
O resultado foi uma entrevista sem profundidade (nem mesmo no que à igualdade de direitos dizia respeito), em que a imagem que fica é de alguém que ou não tem ideias de todo, ou é muito mau a comunicá-las. Num ou noutro caso, as perspectivas não me parecem animadoras.

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