As férias acabaram. Foi o primeiro verdadeiro período de férias que tive desde que me encontro nesta situação de expatriado, e o objectivo era estar o máximo de tempo possível com as “minhas” pessoas. Isso foi conseguido, e ainda aliado a muita praia, bastantes passeios e bons jantares. Fiquei contente.
De regresso a Abidjan, até venho moreno, o que confirma a minha tendência para andar em contra-ciclo. Afinal, parece mais lógico (como muitas pessoas me relembram frequentemente) que à saída de Abidjan estivesse mais moreno do que à entrada, mas não é essa a minha realidade.
Como sempre nos regressos, já sinto a crescer em mim aquela luta interior mais intensa que durará alguns dias: apesar de me sentir revitalizado pelos momentos recentes no meu habitat, e que ajudam a aguentar com maior serenidade os meses de distância que tenho pela frente, queria mais. São as minhas overdoses de saudade.
Num exercício de distanciamento, estes momentos são muito interessantes, porque me obrigam a crescer: eu não nego que sempre que estou longe tenho um sentimento de falta praticamente constante. Por outro lado, não posso e recuso-me a substituir esse sentimento por uma depressão ou tristeza profundas.
Assim, o mais razoável sempre me pareceu “negociar” um equilíbrio, encontrando formas, escapes e pontos de contacto que permitem melhor lidar com a ausência. E uma parte importante desse processo, para mim, é olhar para diante, para a frente, para o futuro… e correr atrás dele.
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
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