De volta ao calor e humidade de Abidjan, após umas horas de viagem desde Nouakchott. Pelo caminho, uma escala em Bamako, onde fui surpreendido.
Bamako, no Mali, não é das cidades mais conhecidas do mundo. E o seu aeroporto não é dos mais conceituados. Tal não quer dizer, no entanto, que não aconteçam lá coisas.
Ao aterrar em Bamako, sobressaía na pista do aeroporto um enorme avião, com aspecto de novo, e numa posição incaracterística. Na realidade, era alvo do que me parecia uma apresentação ou uma estreia: banda do exército presente, imensas pessoas bem vestidas, muito protocolo e passadeiras vermelhas estendidas desde as escadas. Não posso deixar de referir o senhor que, afincadamente, seguia atrás da banda a varrer a passadeira...
O avião era um Boeing 747 da China Air. Não sei qual era exactamente o evento, mas serve como prova do investimento que a China está a fazer em África. Na Costa do Marfim, construiram o Palácio das Artes e o dos Deputados; no Senegal, vão construir 12 estádios de futebol; em Angola, estão a construir estradas; na Mauritânia, um hospital; e estes são apenas alguns dos exemplos.
Não pretendo tirar daqui grandes conclusões, mas parece-me evidente que a China se está a posicionar como parceiro previlegiado de vários países africanos, o que não parece má ideia. Afinal, com tantas almas para alimentar e cuidar, actual e futuramente, estar onde está a matéria-prima parece óbvio. Pergunto-me como será quando a balança virar...
sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009
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1 comentário:
E perguntas muito bem!
Aliás, na minha humilde ignorância, eu atrever-me ia a perguntar mais.
Se,ao que se ouve,a China não consegue alimentar e cuidar dos seus mais que muitos naturais, como poderá então cuidar dos outros?
Também nesta fase do campeonato, não sei quem estará capaz de cuidar de quem.Está mais o salve-se quem puder.
Fica bem!...
um beijo grande...
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