segunda-feira, 9 de março de 2009

Crise

Aqui à distância, há duas coisas que mais me têm afectado (positiva ou negativamente) em relação a amigos: casamentos e desemprego. E quando se misturam os dois, ainda pior...
Eu estou naquela idade em que os casamentos começam a aparecer, assim como os bébés. Apesar de eu não ser o mais sentimentalista do mundo, estes episódios acabam por contribuir para alguma saudade, porque são momentos nos quais gostaria de estar presente. Assim, acompanho à distância, e mato saudades quando vou a Portugal. Esta é a parte positiva.
A parte negativa tem sido de amigos que ficam sem emprego. Os motivos são vários, mas o resultado é idêntico: ansiedade, tristeza, dificuldades para encarar o futuro... É a crise na sua escala mais fina, mais atomizada. E se neste caso não sinto propriamente saudades, gostaria de estar presente para ajudar no que fosse possível, para pensar em conjunto, para dar um bocado de ânimo. Mais uma vez, acompanho à distância.
Pior é quando se juntam as duas coisas: casamentos (e eventualmente filhos) com desemprego, independentemente da ordem, mas num curto espaço de tempo. Pela terceira vez, acompanho à distância mas não é por isso que me custa menos. No entanto, como não há problema sem solução (ainda que com esforço), ela há-de surgir. E aí a distância voltará a ser mais fácil de suportar.

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