Aos poucos, e com especial incidência nos últimos anos, a política dos 3 Rs foi sendo interiorizada por uma parte substancial da população portuguesa. Eu, que vivia na Maia, tive até o privilégio de estar no zona pioneira da recolha selectiva porta a porta. O que, diga-se, funcionou muito bem. Pouco tempo depois, sempre que passava em zonas com os sacos plásticos pousados à porta, o cenário já me parecia desactualizado.
E eis-me agora aqui, onde o que acabei de descrever não é senão uma miragem. Reduzir não faz parte dos planos, porque não há planos. Reciclar é ficção científica. Quanto a reutilizar, é verdade que vai acontecendo, mais por necessidade do que por consciência ecológica. Ou seja, a garrafa de plástico que mandamos para o lixo, será possivelmente utilizada por alguém para fazer alguma coisa. As garrafas de vidro servem para vender por uns cêntimos, e devem usar para guardar amendoins, por exemplo.
Confesso que me faz alguma confusão, ver os lixeiros a carregar os detritos que se acumulam às portas das casas ou prédios. E faz-me confusão porque já vi alguns dos sítios para onde transportam o lixo. Não consigo deixar de pensar que é uma forma de varrer o lixo para debaixo da carpete, mas em ponto grande.
quarta-feira, 26 de novembro de 2008
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