segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Jogo

Todos os dias, por volta da hora do almoço, há um grupo de jovens que se juntam num passeio perto de minha casa para jogarem aos dados. Jogar a dinheiro não é permitido, e provavelmente eles negarão que o fazem. Mas eu acho que sim, tal é o fervor.
Ou então, à falta de dinheiro, jogarão a algo que o substitua. Lembro-me de amigos meus darem camisolas, sapatilhas ou outras coisas mais depois de sextas-feiras de azar a jogar à lerpa. Pelo que me dizem, aqui isso também é frequente.
Eu não sei quanto tempo eles ali ficam a jogar, nem desde quando o fazem ou se têm um campeonato organizado. Mas talvez estejamos em altura de jogos importantes, porque nos últimos dias têm-se juntado um grupo maior.
Aqui, acho que foi o que de mais parecido encontrei com os reformados a jogar à sueca nos jardins do Porto. A mesa é improvisada em cima dum pilar de cimento, não existem bancos, não é um jogo de cartas, nem são reformados. Mas há um jogo, jogadores, espectadores, opiniões e discussões. Mas nunca vi o copo de vinho tinto.

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