Todos os dias, por volta da hora do almoço, há um grupo de jovens que se juntam num passeio perto de minha casa para jogarem aos dados. Jogar a dinheiro não é permitido, e provavelmente eles negarão que o fazem. Mas eu acho que sim, tal é o fervor.
Ou então, à falta de dinheiro, jogarão a algo que o substitua. Lembro-me de amigos meus darem camisolas, sapatilhas ou outras coisas mais depois de sextas-feiras de azar a jogar à lerpa. Pelo que me dizem, aqui isso também é frequente.
Eu não sei quanto tempo eles ali ficam a jogar, nem desde quando o fazem ou se têm um campeonato organizado. Mas talvez estejamos em altura de jogos importantes, porque nos últimos dias têm-se juntado um grupo maior.
Aqui, acho que foi o que de mais parecido encontrei com os reformados a jogar à sueca nos jardins do Porto. A mesa é improvisada em cima dum pilar de cimento, não existem bancos, não é um jogo de cartas, nem são reformados. Mas há um jogo, jogadores, espectadores, opiniões e discussões. Mas nunca vi o copo de vinho tinto.
segunda-feira, 24 de novembro de 2008
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