sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Indiferenciados

Hoje passei numa loja para comprar uns calções para jogar futebol. Foi coisa rápida, mas chegou para me pedirem dois empregos...
Na loja onde fui, estavam dois jovens a trabalhar, um rapaz e uma rapariga. Foram muito simpáticos e prestáveis e, já na caixa, diz-me ele "quero trabalhar para si", corrigindo logo a seguir "queremos os dois!". Eu ri-me, e perguntei-lhes se faziam alguma ideia de qual era o meu trabalho. "Não importa, queremos trabalhar para si." E deixariam o vosso trabalho aqui nesta loja assim? "Sim, neste momento!".
Este será um episódio pequeno mas significativo! É a procura de algo melhor pelo método de tentativa e erro, sem verdadeiros planos, sem objectivos pré-estabelecidos. Não há especialização porque nunca se sabe onde se vai estar amanhã, nem a fazer o quê. Se se desenvolver alguma capacidade, aumentam os custos de trocar, limitam-se as possibilidades.
Desta forma, qualquer pessoa é pau para toda a obra. Tem o valor intrínseco dos serviços que pode prestar, mas sempre no reino dos indiferenciados. E assim, melhorar verdadeiramente torna-se difícil. Talvez com o próximo cliente tenham mais sorte...

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