quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Malária

Julgo que nunca aqui escrevi sobre os mosquitos, apesar de ser um tema incontornável. Numa região em que a malária é endémica, o mosquito é um inimigo muito claro. Por mais hilariante que seja ver a luta entre homem e mosquito (sobretudo se o convívio for dentro dum carro), a verdade é que qualquer vontade de rir passa no momento que nos lembramos dos números associados a esta doença.
Saídos da consulta do viajante, vimos com indicações para andar com o corpo coberto, fazer a profilaxia, dormir com mosquiteiro e renovar a camada de repelente de duas em duas horas. Mas isso é ser escravo da doença. Pior, é ser escravo da ideia da doença, da doença que ainda não o é. E eu não consigo.
Assim, faço a medicação da profilaxia e, se puder, elimino um ou dois mosquitos. O repelente nunca usei, e o meu mosquiteiro é a altura: os mosquitos não voam até ao 14º nem sabem usar elevador.
Claro que não estou livre de apanhar malária. Nessa altura, terei de recorrer ao vasto arsenal de armas químicas presentes no mercado e esperar que passe.

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