quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Domínio

Quem tem carta de condução, lembra-se decerto do início, quando as mudanças ainda faziam alguma confusão e obrigavam a pensar um bocado. Depois, é um processo que se automatiza e permite-nos fazer outras coisas em andamento: ouvir música, comer ou falar ao telemóvel, por exemplo.
Com a língua, julgo que é idêntico. O uso da nossa língua materna é natural e permite-nos exprimir na totalidade o que queremos, o que sentimos, jogando com as palavras, introduzindo matizes. Quando temos de nos expressar noutra língua, se não a dominamos totalmente, é como meter as mudanças no início da experiência de condução: é preciso pensar, e isso demora algum tempo. Atrasa-nos, torna menos fluída a comunicação, limita-nos. E é um factor de stress, sentir que não conseguimos explanar tudo o que gostariamos.
Paradoxalmente, o que sinto é que as minhas restrições na expressão verbal, acabam por influenciar sobretudo a linguagem não verbal. Comunicar não é um problema; comunicar como gostaria, ainda o é. Mas já falo ao telemóvel!

1 comentário:

Anónimo disse...

bem,se tens restrições a falar francês eu nem quero pensar nas minhas:)mas safei-me!e tu com mais algum tempo vais-t expressar sem qq problema.
beijos Mia