Que tudo seja negociável, até acho uma certa piada. Que me tentem sempre cobrar mais do que o normal, também não me chateia. Que já fiz bons e maus negócios, aceito. Agora, não suporto é quando se fazem espertos e tentam meter-me a mão ao bolso.
Ontem à noite fui jantar com um amigo americano. Apanhamos um táxi perto de minha casa e logo ali discutimos o preço, porque já sei que o taxímetro é enfeite. Pouco depois de estarmos em andamento, algo se passou na cabeça do taxista que começou a renegociar o preço, em alta evidentemente. Recusei, porque não me pareceu de bom tom. Ao ver que realmente eu não iria dar-lhe mais dinheiro, passou ao plano B: "vou então parar aqui na bomba para meter um bocadinho de gasolina...". E não é que entrou mesmo na bomba de gasolina? Vi-me obrigado a dizer-lhe que caso ele parasse realmente o carro, nós saíamos ali mesmo do táxi, não lhe pagava e apanhávamos outro. Contrariado, lá continuou o caminho.
Há aqui muitas pessoas que dá vontade ajudar. A muitas já paguei mais do que o combinado inicialmente. A outras, negociei até um preço mais baixo, e depois aceitei outro mais elevado. Mas uma negociação é uma troca de alternativas, que chega a ser divertida. Com alguns dos mais duros negociadores de rua acaba por se estabelecer uma relação engraçada, porque é daquilo que estão à espera. Mas não suporto que me tirem as opções, que me tentem obrigar a fazer alguma coisa.
Ao taxista paguei o que tinha combinado à minha porta. Nem mais, nem menos. Ainda por cima, tinha o depósito cheio!
segunda-feira, 8 de setembro de 2008
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1 comentário:
E a tua luta lá continua. É mais uma prova de resistência da tua parte e que vai mostrando do que és capaz.Um grande beijo da tua mãe.
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