Abelhas. É isso que me fazem lembrar os carros em Abidjan quando páram num semáforo vermelho. Há um que pára, e outro e outro e muitos outros, até formarem uma colmeia enorme, onde não se vislumbra nenhuma ordem, nenhuma organização em particular. E quando o semáforo abre, há que acelerar como se não houvesse amanhã!
O engraçado é que este padrão parece ser único. Haja ou não pressa, haja ou não compromissos inadiáveis, é esta a forma de reagir num semáforo. E uma vez que a motivação para este comportamento pode não ser o que está adiante, então talvez seja o que está atrás: se não o fizermos, estamos a criar entropia e é possível que provoquemos um acidente. Ou seja, não havendo pressa para chegar, haverá pressa para fugir.
Mas e porque é que isto me faz lembrar abelhas? Porque as podemos ver num amontoado que apenas elas compreendem, e nunca vi uma abelha em ritmo de fim de semana.
sexta-feira, 22 de agosto de 2008
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