Os momentos em que me tenho sentido mais diferente e desenquadrado do que me rodeia são aqueles em que peço uma factura das minha compras. Imediatamente recebo um olhar que será o equivalente ao de se pedir uma francesinha sem queijo nem molho no Porto. Depois, indicam-me uma qualquer outra pessoa (normalmente cada loja tem uma pessoa que se encarrega das facturas), que raramente está no seu lugar, já que não tem muito trabalho. E finalmente, essa pessoa passa a factura sem grande vontade, até porque são manuscritas.
Ora, hoje tive mais dois desses episódios, cada qual com particularidades muito interessantes. Num deles, tive de esperar cerca de 25 minutos: era a factura da loja da louça e talheres (cada peça repetida 8 vezes), por isso compreendo porque é que as meninas da caixa se riram ao indicar "o senhor que passa facturas". No outro, pediram-me 100 FCFA, coisa inédita. Quando perguntei se era pelo trabalho ou pelo papel, responderam-me que era pelo selo. Nada a dizer, portanto. Apesar desta ser a dita factura normalizada, de normal tem ainda muito pouco.
segunda-feira, 4 de agosto de 2008
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1 comentário:
Mas o que é que aí se processa de forma dita normal?
Mas não te preocupes,com o tempo,todas estas "normalidades" passarão a ser"normais" no teu dia a dia, e algum dia talvez até te passem despercebidas.
É tudo uma questão de hábito.
Beijos.
tia Cila
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